sábado, 11 de março de 2017

"MÃE"



Onde a gente coloca a vontade que às vezes tem de chamar, de gritar pela senhora?
E a saudade? É sofrida e tem que deixá-la contida, doída, latejando escondida...
A vida vai seguindo, porém, mãe é como Deus: não sai do pensamento as vinte e quatro horas do dia.
Como faz falta!
As nossas conversas, nossas risadas. A senhora chegando de mansinho em casa e quando eu percebia já estava instalada no mesmo lugar, no cantinho do sofá.
É triste; cada vez que sento em minha sala, a lembrança me esbarra e vez ou outra eu choro ali sozinha.
Que bom se estivesse aqui curtindo o seu bisneto, meu neto, comigo!
Aqueles tapinhas nas costas, e que era de praxe, que dava em cada abraço esperado, ansiado, principalmente dos netos.
Imagem relacionadaO encontro de todos os filhos em sua morada, todos os dias aguardava.
Os Natais, os aniversários cheios de pessoas que a adoravam, a estimavam.
As dancinhas suas, a pinguinha - que gostava de um gole todo dia tomar -, os karaokês que amava de paixão ver a gente cantar. Até pedia pra gravar!
Os panetones, as carnes assadas, os doces, as comidas, todos inesquecíveis, que só a senhora sabia fazer, e como ninguém. Nunca mais comi quitutes iguais aos seus também.
Imagem relacionadaTudo está na lembrança registrado, guardado a sete chaves, e jamais será esquecido nem perdido enquanto eu viver, enquanto eu tiver cabeça e enquanto eu não morrer.
Espero reencontrá-la um dia.
Até lá!
A benção, mãezinha!

Laura Válio.

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