quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

EM TRANSE

Sei que sentei pra cochilar.
Olhei no relógio eram 13 horas e 15 minutos.
Tinha acabado de viver um sonho, ou pesadelo?
Escutei o barulho da minha filha e das meninas da colega dela correndo pra lá e pra cá.
Presenciei um papagaio falando bastante e depois começou a cantar e eu tentando cantar junto com ele.
Escutei a tevê ligada e fazia força pra me escapar de um dos braços do sofá que estava me apertando muito, muito mesmo.
Pedia ajuda pro meu filho; ouvi-o falando na frente da casa também.
Comecei a fazer força para ver se conseguia abrir os meus olhos, em vão.
Chamava meu filho pra me ajudar e nada. Eu sei que o chamei, porém não sei se foi de verdade e se alguém me escutou.
Foi difícil acordar, eu estava praticamente em transe.
De repente assim sem mais nem menos, me despertei e a televisão não estava ligada, não tinha filhos, nem meninas, nem papagaio.
Passou uns dois segundos, a minha filha chegou. 

Laura Válio. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário